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A peça fez parte do projeto Palco Giratório e foi apresentada no último sábado, na Cidadela Cultural de Joinville. A direção é do uruguaio Hugo Rodas e o texto é fruto de um processo de pesquisa sobre o tema. Os atores buscaram textos, poemas, teses e tudo o que já foi escrito sobre a morte na literatura, medicina, religião e filosofia. A união e adaptação destes escritos geraram o roteiro.
No cenário, um grande quadro negro no fundo, uma pequena mesa com velas e garrafas num canto, banquetas, e alguns instrumentos musicais noutro canto. Os quatro personagens escrevem e desenham coisas no quadro durante a peça. Isso acontece inclusive no momento em que os espectadores entram no espaço cênico.
André Araújo, Juliano Cazarré, Pedro Martins e Rosanna Viegas passam por diversos personagens. Os atores mudam, imperceptivelmente, de um personagem para outro, trocam de cena, interagem com a platéia, voltam à algum personagem de outra cena e mesclam elementos de arte.
Entre piadinhas, coreografias, batuques e poemas, os 'candangos' conseguiram dar originalidade ao tema tão clichê. A morte é tratada sutil e despreocupadamente, sem medos ou barreiras. O espetáculo tem a dose certa de tudo. Só exagera em duas coisas: talento e beleza.