quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A adormecida academia joinvilense

Se Machado de Assis fosse catarinense, estaria se revirando no túmulo. Isso porque a maior cidade do estado, curiosamente, não possui sua própria academia de letras. A verdade é que já possuiu e, se não bastasse isso, foi a primeira a ser fundada em Santa Catarina.

A Academia Joinvilense de Letras foi fundada em 15 de novembro de 1969 com o apoio do então prefeito Nilson Bender. Catorze escritores assinaram os Estatutos como sócio-fundadores. Entre eles estava o advogado Carlos Adauto Vieira, o deputado federal Carlos Gomes de Oliveira e o historiador Adolfo Bernardo Schneider que foi eleito presidente da academia.

“O lançamento daquela aventura foi com pompas, nos salões da Sociedade Harmonia Lyra, ratificado pela presença, em peso, da Academia Catarinense de Letras e representantes da Academia Brasileira de Letras” – lembra um dos sócio-fundadores Alcides Buss.

Hoje, prestes a completar 40 anos, a Academia Joinvilense de Letras permanece adormecida. Algumas das provas de sua existência sobrevivem esquecidas no arquivo histórico de Joinville. Os documentos esperam silenciosamente por uma nova sede. Mas, até agora nada.

No ano passado, a câmara de vereadores de Joinville apresentou, através de uma vereadora, uma moção à favor da volta da academia. O documento pedia ao prefeito a nomeação de “uma nova Comissão de Organização da Academia Joinvilense de Letras”. Mas, infelizmente, a solicitação não foi atendida.

Com a chegada de um novo governo, a moção foi representada este ano. E, mais uma vez, nenhuma resposta. Os novos membros que deveriam ser convidados, à pedido da moção, para “compor e enriquecer essa academia”, ainda não foram convocados. E a academia continua inativa.

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